quinta-feira, 31 de março de 2011

Precious Bryant - Videos

Na soundtrack do filme Black Snake Moan, que tenho o post aqui no blog, fui apresentado a Precious Bryant uma cantora de Country Blues americana... Por mais que eu tenha procurado, não encontrei nada dela na internet além de vídeos. Vale a pena se deliciar escutando algumas de suas canções. Vou deixar alguns vídeos aqui para que não tenham trabalho de procurar por si. saihsaihais, vem coisa boa por ai, estou preprando um post especial que em breve vou postar. Até.











quarta-feira, 23 de março de 2011

The Rolling Stones - Bootleg - 1968

Cale-se, cale-se você me deixa louco! Deixa que os cinco cantem, olha com Brian Jones o som é feeling puro. Duas faixas, gravação de fita compacta. Coisa linda. Roubei do barco do meu antigo amigo de batalha 

pirata um eterno roqueiro! 



Tem duas faixas o compacto...
uma ja da pra saber que é Jumping Jack Flash, a outra vão ter baixar pra saber qual é.

terça-feira, 22 de março de 2011

James Brown - Cold Sweat (1967)



1-Cold Sweat
2-Nature Boy
3-Come Rain or Come Shine
4-I Loves You, Porgy
5-Back Stabbin'
6-Fever Cooley, 
7-Mona Lisa
8-I Wanna Be Around
9-Good Rockin'
10-Stagger Lee
11-Kansas City



sábado, 19 de março de 2011

Buena Vista Social Club - Buena Vista Social Club (1990)

Se você é como eu, um ouvinte de música pelo que ela te transmite sentimentalmente falando, se sentes ela como um toque na alma, então escute esse álbum do início ao fim para receber uma massagem na sua alma (eu certifico o tratamento funciona). Sem filosofias baratas de bar agora. Essas músicas que eram cantadas pela minha avó quando eu ainda era uma criança, realmente são cada uma delas obras admiraveis. Ótimas se combinadas a cerveja ou cachaça, porque multiplicam sua inclinação boêmia, seu ar de clube cubano (realmente a banda foi composta dentro de um clube cubano), e seu lirismo chorado. Tanto quanto a música brasileira de cartola postada esses dias ai, essa traz a essência de uma cultura maravilhosa, uma cultura que carrega um peso, mas carrega também a força de uma luta contra a crise planetária(capitalismo).

"Na década de 1990, aproximadamente 40 anos após o fechamento do clube, inspirou uma gravação do músico cubano Juan de Marcos González e o guitarrista americano Ry Cooder com os músicos tradicionais, o disco, chamado Buena Vista Social Club tornou-se um sucesso internacional. Foi quando então o diretor alemão Wim Wenders filmou a apresentação do grupo na Holanda, e uma segunda apresentação no famoso Carnegie Hall em Nova York, transformando num documentário, acompanhado de entrevistas feitas em Havana com os músicos." (wiki)



01. Chan Chan
02. De Camino a la Vereda
03. El Cuarto de Tula
04. Pueblo Nuevo
05. Dos Gardenias
06. Y Tú Qué Has Hecho?
07. Veinte Años
08. El Carretero
09. Candela
10. Amor de Loca Juventud
11. Orgullecida
12. Murmullo
13. Buena Vista Social Club
14. La Bayamesa

sexta-feira, 18 de março de 2011




Quando dois corações se amam de verdade, não há no mundo maior sinceridade. tudo é alegria tudo é ilusão. Vou ficar aqui postado tal qual o faquir da dor. Não vale a pena ser poeta, a fechadura na porta da sala, as chaves penduradas, eu sou um cara sem saida. não se iluda... mas toda vez que olho sua figura leviana. AH eu sou forte, abra volte, veja se me entende. é o mesmo indereço, eu moro na rua real. Abra a porta volte e veja. Sou um cara sem saida, mas não se iluda com essa minha vida, toda vez que avisto sua figura leviana, sou forte. Abra volte, veja se me intende. Veja conservo o mesmo indereço, na rua real grandesa, abara a porta volte e veja. Você não me engana, com seu carinho. Mas mesmo assim vale a pena ser poeta a final.

terça-feira, 15 de março de 2011

Cartola - 1976

Coisa linda.


01 - O Mundo é um Moinho
02 - Minha
03 - Sala de Recepção
04 - Não Posso Viver Sem Ela
05 - Preciso me Encontrar
06 - Peito Vazio
07 - Aconteceu
08 - As Rosas Não Falam
09 - Sei Chorar
10 - Ensaboa Mulata
11 - Senhora Tentação
12 - Cordas de Aço

segunda-feira, 14 de março de 2011

The Strokes - Angles (2011)

Surpresa pra quem estava ansioso, vazou o novo álbum do The Strokes, que a gente já esperava faz tanto tempo... porque esperamos tanto tempo eu não sei, o álbum era pra ser lançado dia 22, mas por certas fontes eu encontrei o álbum na integra. Quanto ao conteudo, pode ser considerado pós-moderno, tem muitas alterações em relação ao antigo som que eles faziam a 5 anos atrás. Destaque para a música Under Cover Of Darkness. Primeiro disco lançamento que eu posto aqui!


01. Machu Picchu
02. Under Cover Of Darkness
03. Two Kinds Of Happiness
04. You’re So Right
05. Taken For A Fool
06. Games
07. Call Me Back
08. Gratisfaction
09. Metabolism
10. Life Is Simple In The Moonlight


sábado, 12 de março de 2011

Canned Heat - Living the Blues - 1969

Disco duplo tem sempre uma carga dupla se for bem feito ja dizia George Harrison... Sem lenga-lenga, puta dum álbum duplo bom, não vou dizer que é o melhor do Canned, porque é minha banda preferida, não tem como dizer qual álbum é melhor, mas é de toda a discográfia, o que eu mais escutei... É uma obra prima! é sarcástico, é crítico, é paz e amor e tem algo místico, mas um místico meio encoberto pela batida do boogie, fica saindo do corpo quando escuta, hehe. A voz do Wilson é muito diferente de tudo já escutamos, que existem e são solo nas faixas 2 e 4 do disco 1.
Segundo lado com uma unica música dividida em duas partes. Coisa de doido. Minha gente acho que eu to perdendo as manhas de escrever sobre os álbuns, ou hoje to meio sem inspiração... Agradecimentos ao blog lanuevamusicaclasica, só tem coisa boa por lá!

Disco 1

01 Pony Blues - Arr. & Adpt. Canned Heat - 3:47
02 My Mistake - Wilson - 3:25
03 Sandy's Blues - Hite - 6:49
04 Going Up The Country - Wilson - 2:54
05 Walking By Myself - Rodgers - 2:34
06 Boogie Music - Tatman III - 3:08
07 One Kind Favor - Canned Heat - 4:49
08 parthenogenesis - Canned Heat - 20:05

Disco 2
Clique ai pra downloadiar!

01 Refried Boogie (Part I) - Canned Heat - 20:08
02 Refried Boogie (Part II) - Canned Heat - 21:02

SENHA: lanuevamusicaclasica

sexta-feira, 11 de março de 2011

Oscar Peterson Trio - At The Stratford Shakespearean Festival - 1956

Acho bom que todos estejam dispostos a escutar muito jazz, porque eu pensei hoje comigo: "vou tentar postar algo que não seja jazz, porque ontem já postei, blá blá blá..." Cá estou eu postando jazz! haha, é porque eu estava procurando por algo na internet quando de repente olhei para o lado e quando olhei novamente pra frente do computador, olha quem eu vi! Oscar Peterson Trio, aquele arrepio na espinha.
Gravado em 08 de agosto de 1956, época onde o trio tinha seu melhor momento (na minha opnião) tendo, Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e Herb Ellis (guitarra). No Stratford Shakespearean Festival o trio de Oscar Peterson subiu ao palco com um objetivo, não apenas tocar jazz, mas colocar em evidencia um entrosamento musical quase incomparável a nenhum outro. Poucos grupos tocaram como este, e nesse álbum, que é um dos poucos que eu conheço e escuto constantemente de Oscar Peterson existe mágica. Escutem, transcendam, riam, bebam e reverenciem com essa obra divina. Agradecimentos ao blog: www.jazzerock.com que tem um conteúdo imenso de onde pretendo retirar muitos álbuns ainda pra futuras postagens. Até.

01. Falling in Love With Love

02. How About You?

03. Flamingo

04. Swinging on a Star

05. Noreen's Nocturne

06. Gypsy in My Soul

07. Nuages

08. How High the Moon

09. Love You Madly

10. 52nd Street Theme

11. Daisy's Dream


quarta-feira, 9 de março de 2011

Bill Evans - Everybody Digs Bill Evans - 1958

Um jazz solto, de composição sensível e extremamente harmônica. Bill Evans nasceu em meio a um caos, 16 de agosto de 1929, em Nova Iorque. Pouco antes da crise explodir e toda a confusão acontecer.
Bill Evans é considerado um dos maiores compositores do jazz clássico. Influênciou pianistas como Herbie Hancock e Keith Jarrett.
Lançou o primeiro disco em 56 e o segundo(este que eu disponibilizo aqui) em 58. Ele tem me acompanhado nas minhas novas tendências musicais. Me enfluenciando na música que eu tenho feito, no que eu tenho escrito e tudo mais.
Agradecimentos ao blog www.frissonmv.blogspot.com. Que tem muita coisa boa.
Alias antes de concluir quero dizer que pretendo voltar a ativa aqui, e perdoar a minha ausência tão grande durante esse tempo todo.

1. Minority
2. Young & Foolish
3. Lucky To Be Me
4. Night & Day
5. Epilogue
6. Tenderly
7. Peace Piece
8. What Is There To Say?
9. Oleo
10. Epilogue
11. Some Other Time (mono)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

The Dead Weather

The Dead Weather é o nova super-banda do Jack. Podiamos esperar algo diferente, como é de costume do White, e aos meus ouvidos é novo, mas ao mesmo tempo resgata tudo que os grandes caras fodas do rock clássico criaram nos anos 70.
Nosso querido Jack parece ter se cansado de comandar bandas... e vira um cãozinho em baixo do vocal forte da Alison Mosshart do The Kills. Junto dessa baita vocalista, vem juntos Jack Lawrence (ja conhecido guitarrista do Raconteurs), Dean Fertita (baixista do Queens of Stone Age).
Desques para as faixas: "So Far from Your Weapon", "Hang You from the Heavens" e "Bone House"... as outras também, mas curto essas mais.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Maggot Brain - Funkadelic

Maggot Brain é um álbum conceptual do Funkadelic. Quando escutei pela primeira vez eu era só um molequinho, minha irmã, mais uma vez me mostrou o caminho certo. Com o típico modelo de álbum deles o Maggot Brain começa com uma faixa gigante de quase onze minutos, que da nome ao CD: Maggot Brain (esse link leva a uma página no youtube onde está disponível a música). A faixa é basicamente um dedilhado de fundo, e uma guitarra cheia de efeitos moendo... Loucura lúcida. Em seguida seguem uma seqüência de várias músicas muito boas destaques para: Hit it and quit it, que tem um ritmo bem funk, e um coral no fundo que é animal; e Super stupid, que loucamente me lembra de The Black Keys(minha banda atual preferida, como vocês sabem). Fechando com a doentia Wars of Armageddon, sem comentários pra essa, cara tem um bebê chorando a música inteira(PS: o bebê chora no ritmo :D). Boa evolução pra todos.
Maggot Brain - Funkadelic


01. Maggot Brain
02. Can You Get To That
03. Hit It And Quit It
04. You And Your Folks, Me And My Folks
05. Super Stupid"
06. Back In Our Minds
07. Wars Of Armageddon
Free your brain! CLICK HERE!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

The Rolling Stones - England's Newest Hitmakers (1964)

Um cara me disse uma vez, "não existe coisa melhor nesse mundo que ficar muito chapado e trepar escutando Rolling Stones", e eu disse, "é", e ele disse "me passa o gim", e eu passei.
O caso é, esse CD seria o mais apropriado pra escutar trepando? Acho que não... na verdade o Beggars Banquet seria mais apropriado, hahahaha... Sei lá, to postando esse porque ele me causa uma sensação estranha... me da vontade de encostar a cabeça na parede e escutar ele inteiro sem me mecher, mas ao mesmo tempo que estou nesse "transe" fico pensando muito, tipo filosofando sozinho... sei lá, me deu vontade de escrever sobre minha relação com esse disco em especial...
Então esperimentem as diferentes sensações que só os Stones podem te dar, e provem para mim que não estou ficando louco.

01. Not Fade Away
02. Route 66
03. I Just Want To Make Love To You
04. Honest I Do
05. Now I've Got A Witness
06. Little By Little
07. I'm A King Bee
08. Carol
09. Tell Me
10. Can I Get A Witness
11. You Can Make It If You Try
12. Walking The Dog

sábado, 20 de dezembro de 2008

At Folsom Prison (1968)

Difícil falar do Cash, porque não sei muito sobre ele, quer dizer, sei que ele influenciou o Dylan, e que fez até uma turnê com ele (CD e tudo mais). Mas resolvi não postar esse CD que ele está junto com o 'mestre' porque não posso estrear Johnny Cash no colheita com outro álbum que não seja esse. "At Folsom Prision" é o melhor álbum dele, não da para negar... toda energia e todo sarcasmo estão presentes nessa obra, me agrada muito poder compartilhar essa obra que encontrei no blog alexandre-tochegando. Estou com um pouco de pressa, então me resumo a essas palávras, até mais.

01. Folsom Prison Blues" (J. Cash) – 1:42
02. Busted" (H. Howard) – 1:25
03. Dark as a Dungeon" (M. Travis) – 3:04
04. I Still Miss Someone" (J. Cash - R. Cash, Jr.) – 1:38
05. Cocaine Blues" (T. J. Arnall) – 3:01
06. 25 Minutes to Go" (S. Silverstein) – 3:31
07. Orange Blossom Special" (E. T. Rouse) – 3:06
08. The Long Black Veil" (Wilkin - D. Dill) – 3:58
09. Send a Picture of Mother" (J. Cash) – 2:05
10. The Wall (H. Howard) – 1:36
11. Dirty Old Egg-Suckin' Dog (J. H. Clement) – 1:30
12. Flushed From the Bathroom of Your Heart (J. H. Clement) – 2:05
13. Joe Bean (B. Freeman - L. Pober) – 3:05
14. Jackson (dueto com June Carter) (B. Wheeler - J. Lieber) – 3:12
15. Give My Love to Rose (J. Cash) – 2:43
16. I Got Stripes (dueto com June Carter) (J. C. - C. Williams) – 1:52
17. The Legend of John Henry's Hammer (J. Cash - J. Carter) – 7:08
18. Green, Green Grass of Home (C. Putman) – 2:13
19. Greystone Chapel (Glen Sherley) – 6:02

domingo, 14 de dezembro de 2008

Depois de uma semana sem net (a que precedeu o vestibular) e um final de semana muito corrido (felizmente), puder sentar e pensar calmamente em qual obra iria iluminar sua mentes, fazer o sangue ferver enquanto entra em transe com espasmos de agonia e orgasmos múltiplos.
Pois bem, por falar em orgasmos, decido postar hoje um obra prima do nosso odiado e amados mangas, odiado por que tem uns que puta que pariu, e amados...bem leiam esse que vocês entenderam!

Nome : Highschool of the dead
Escritor : Satou Daisuke
Desenhista : Satou Shouji
resenha : junte : zombies, peitos, colegiais, colegiais peitudas, sangue, malucos. Com isso e mais o traço clássico do Shouji, você Highscool of the dead!

Volume 1

Ouvindo no momento : Bullfrog Blues - Canned Heat

sábado, 29 de novembro de 2008

Thickfreakness (2003)

O que já era esperado para quem tinha baixado o primeiro álbum, se torna evidente no Thickfreakness que foi lançado um ano depois do CD de estéia The Big Come Up(2002). A idéia da banda continua a mesma, um blues rock garage bem escrachado. Diminuiram consideravelmente os efeitos de feedback e distorção da maioria das músicas, isso pela entrada do novo produtor Patrick Carney, que deu uma "limpada" no som. Então nem precisa falar mais nada, baixe ai e tire suas próprias conclusões.
Thickfreakness (2003):
Thickfreakness:
01. Thickfreakness
02. Hard Row
03. Set You Free
04. Midnight in Her Eyes
05. Have Love Will Travel
06. Hurt Like Mine
07. Everywhere I Go
08. No Trust
09. If You See Me
10. Hold Me in Your Arms
11. I Cry Alone

Destaque para as músicas “Set You Free” e “Have Love Will Travel”...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Isca (conto)

por Guilherme Bernardes

Todos achavam esquisito que ele ficasse até mais tarde lá, parado, na beira do rio, perto dos arbustos, com sua vara de pescar, suas roupas sujas de terra vermelha, o típico chapéu de um velho pescador que passa o dia inteiro debaixo de sol forte e a sua latinha de iscas sempre ao seu lado.
Fazia tempo que ele ia pra casa sempre de mãos vazias, o que intrigava a todos, pois sabiam o quão farto era o rio em quantidade de peixes, e que, mesmo morando sozinho, o pescador precisava se alimentar. Como não tinha fazenda, não tinha plantação de subsistência, nem criação de animal algum que pudesse matar para comer depois. Como sobrevivia era um mistério.
Estava sozinho desde que sua esposa faleceu misteriosamente. Seu corpo sumira e nunca mais fora visto. Chegou-se a alarmar a região com medo de que um assassino pudesse estar à solta, mas o isolamento do caso fez com que ele fosse deixado de lado e, sem demora, esquecido. Se houvesse um assassino que continuava seu trabalho sem que percebesse, esse era um homem, ou mulher, com muita inteligência.
O pescador não falava muito. Dava o bom dia, boa tarde ou boa noite quando ditos para ele em primeiro lugar e não passava disso. Algumas pessoas diziam que era louco, e que falava sozinho enquanto ficava lá pescando nada. Como se estivesse apenas conversando com os peixes. Havia relatos de vê-lo chorando às margens do rio, como se tivesse ficado magoado por algo dito pelos seres aquáticos, e até teria tido uma discussão com eles.
Todo dia quando ia embora, deixava sua lata de iscas onde se sentava sempre que saia de sua casa para mais uma pescaria. Ela tinha algo de especial, pois nunca viram o homem levar mais iscas consigo, logo, as iscas já deveriam ter acabado há muito tempo.
Nunca houve alguém com coragem o suficiente para perguntar algo ao pescador, como se sentia, como andava a vida, muito menos o porquê de ele ficar lá estático, todo o santo dia sem levar nada pra casa. Foi quando um novo morador chegou à cidade.
Era um rapaz novo, recém formado, que voltava para sua terra natal depois de ter ido para a cidade grande estudar numa faculdade. Ele se lembrava de já ver o pescador na época que era apenas um garoto, e se surpreendeu ao ver que ele ainda continuava com os velhos hábitos nada convencionais. Decidiu cumprimentá-lo.
Ao aproximar-se do senhor, o velho encara-o com uma expressão ameaçadora. Sussurra algumas palavras e, vendo que é indesejado, o rapaz retira-se pedindo desculpas, mas enquanto se afastava, escutou com clareza a frase “e não chegue perto das minhas iscas!”
O jovem não entendeu o porquê de tanto zelo por uma simples lata de minhocas que nem era levada para casa. Sua curiosidade ficou tão grande que ele decidiu que na mesma noite, quando o pescador já estive em casa dormindo, passaria ao lado do rio para olhar o que tinha de tão especial naquela lata.
Anoitece. Ansioso, o rapaz sai de sua casa e anda com cautela pela deserta cidade até avistar o rio. Tenta fazer pouco barulho quando pisava no mato alto, sabia que qualquer barulho muito alto acordaria os vizinhos, que numa cidade pequena interiorana como essa, não hesitariam em sacar uma arma. Enfim chega até onde ficava a misteriosa lata de milho velha que o pescador usava para guardar suas iscas. Ao olhar dentro dela, uma enorme surpresa. O que havia dentro da lata não eram minhocas, eram dedos humanos! O rapaz se assusta, mas não grita. Não acredita no que vê, tenta ver se não é apenas um sonho, quando de repente alguém sai dos arbustos e ele é segurado pelas costas e tem a boca tapada por uma mão suja.
- Eu disse para não chegar perto das minhas iscas, não disse?! – falou o velho pescador em tom de deboche. Segurou o rapaz por mais algum tempo até que fosse tempo demais sem respirar e o jovem logo morresse. Sacou uma faca de seu bolso e cortou-lhe os dedos da mão. Pôs dentro de sua lata de iscas e, com um sorriso, levou o corpo consigo para as refeições da semana.

Mais carne nova...[2]

Conheci o Gui esse ano, acho que la por abril. Fui convidado para tocar em uma banda onde ele era baterista, e o Paulo guitarrista. Sempre senguindo seu idolo mor o Gui tem um jeito diferente de pensar sobre muitas coisas, e acho que foi isso fez-me considerar ele meu amigo tão rápido. Com a minha recente saida da banda corri para montar uma nova, chamei o Thiago para o baixo e o Paulo para um progeto paralelo planejado já a algum tempo. Mas ficou falatando baterista que pretasse, então camamos o Guilherme. Hoje tem ensaio na nova banda, que por ideia dele vai chamar-se Colheita Ruim. As colaborações desse drugui aqui no blog vão vir de todos os cantos, ele escreve contos também, e pretende posta-los aqui, gosta de músicas quase sempre de bom gosto, e pretende posta-las aqui também. É isso ai, boas vindas ao nosso querido Pelaquinho.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

The Big Come Up (2002)

A pouco tempo atrás estava em casa escutando o CD da soundtrack do filme Black Snake Moan, o CD é muito bom, sempre escuto ele, mas nunca tinha pensado em baixar as bandas que tocam nele. Prestei atenção na faixa n°4, e percebi que nunca tinha escutado nada parecido. Então pesquisei no youtube pelo nome The Black Keys e escutei uma música chamada "Just Got To Be". Adorei a música, tão boa quanto "When The Lights Go Out"(música da soundtrack), e então resolvi baixar alguma coisa da banda. Eu tenho uma mania, (que nem sempre é boa) de sempre baixar o primeiro álbum antes de qualquer outro... e assim se segue a seqüência dois, três, e ai por diante. Fiz o download do The Big Come Up, adorei, e hoje já baixei praticamente tudo deles. Admito que desde que escutei The White Stripes pela primeira vez (sempre achei que era a banda atual que eu mais me identificava) não pensei encontrar uma banda ativa que me agradasse mais. Enganei-me, The Black Keys, é exatamente a banda que eu esperava encontrar. De vez em quando vou disponibilizar um álbum deles aqui. Hoje vai ser o The Big Come Up, CD que me iniciou com a banda.
The Big Come Up (2002)
The Big Come Up:

01.Busted Windows MediaRealAudio Media

02.Do the Rump Windows MediaRealAudio Media

03.I'll Be Your Man Windows MediaRealAudio Media

04.Countdown

0Windows MediaRealAudio Media5.Breaks, The Windows MediaRealAudio Media

06.Run Me Down Windows MediaRealAudio Media

07.Leavin' Trunk Windows MediaRealAudio Media08.Heavy Soul Windows MediaRealAudio Media

09.She Said, She Said Windows MediaRealAudio Media

10.Them Eyes Windows MediaRealAudio Media

11.Yearnin' Windows MediaRealAudio Media

12.Brooklyn Bound Windows MediaRealAudio Media

13.240 Years Before Your Time

Destaque para as músicas Soul, I´ll Be Your Man e Yearnin’. E uma cover de Beatles que vou deixar para vocês identificarem.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Wormwood

Primero post sobre quadrinhos. Começo bem minha (pseudo)carrera de colunista ( de meia tigela) com um dos meus personagens preferidos : Wormwood. Criado pelo genial Bem Templesmith (desenhista de 30 dia de noite), Wormwood é uma "minhoca" que controla um corpo e mantem a ordem nessa dimenção. Cliches a parte, tem um humor muito bom, a la hellblazer, e o traço Bem 10 (saco? Bem Templesmith, ãh ãh), marca registrada do desenhista.


Pois bem, In join it!

Por hoje é só pessoal, buenas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O amanhecer de uma nova coluna



Artista : Thiago. (quem vos fala)

Bem, o eu dei uma de metido e pedi pro Fausto posta meus desenhos (assim quando eu for famoso e milionario, ele tbm vai ser, ja que tá no blog dele a minha primera aparição na net) e acabei por ficando responsavel pela parte visual do blog (desenhos e HQs). Como todos podem reparar, eu apenas desenho, não escreve absolutamente nada, portão com certeza haverão erros ortograficos aqui.

Por hoje é só pessoal, Buenas

Mais carne nova...

Thiago é um novo e bom amigo. Conheci nas minhas infreqüentes idas ao cursinho. Sei que tem um ótimo gosto musical, e que além de desenhar muito bem, tem uma paixão por HQ's. (Eu também desenho, mas acho que nunca vou postar algo que desenhei aqui). Então sendo breve, o Thiago vai postar no colheita HQ's para download, desenhos de autoria dele, 'e porque não contos e álbuns?'. É isso. Boas vindas.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sofia

Éramos meu irmão Alberte e eu. Morávamos em um subúrbio em Londres e trabalhávamos no açougue mais famoso da cidade. Ninguém explicava o delicioso gosto da carne moída comprada lá. Pessoas do país inteiro viajavam a Londres à procura da famosa carne. Seu dono era um Alemão chamado Manfred Gumz, homem que tinha um cheiro muito estranho e que nos pagava um mísero salário.

No fim do dia, íamos em direção ao pub que ficava no centro de Londres, onde se encontravam grandes intelectuais da época. No caminho, Albert sempre desaparecia com a primeira messalina que encontrava na rua e eu seguia em frente até o pub.

O velho Gumz sempre estava lá, resmungando com seu caneco de chop na mão. Ninguém chegava muito perto dele, comparavam o seu cheiro ao de um porco podre. Bebíamos um líquido de cor verde-pálido, absinto, chamado também de fada verde.

Ao sair dali, me perdia na noite. Era guiado apenas pela mãe dos poetas, mais conhecida como lua. Geralmente uma prostituta me levava para sua cama. Chegando lá, mesmo antes de ela desabotoar seu decote, oferecia-lhe aquela verde bebida, agora já com as gotas de um infalível veneno. Esperava que ele agisse, fazendo com que seu corpo não passasse de carne, e então eu teria o poder completo sobre ele. Ao fim eu ainda tinha tempo de olhar seu rosto suave, falecido ao luar.

Certa noite, o velho Gumz parecia muito ansioso. Imaginei que era por causa da falta de carne no açougue. Havia bebido muito, levantou-se e saiu apressadamente. Ninguém entendeu o porquê. Logo em seguida chegou Albert e comentou que encontrou o velho Gumz na rua e que estava muito estranho, quase irreconhecível. Depois de alguns goles decidimos ir para casa. Passamos pelo cemitério para cortar caminho. Não sei porque, mas sentia um ar tão bom naquele caminho.

Foi então que ouvimos um grito. Não demos atenção, pois era comum ouvir os últimos gritos de uma mulher da vida, principalmente naquela hora. Na esquina de casa encontrei uma mulher. Me interessei muito por ela. Albert seguiu em frente e eu fiquei com ela. Seu nome era Sofia e seu sorriso me fazia esquecer a podridão em que vivia. Naquela noite eu faria sexo com uma mulher viva.

No dia seguinte o açougue se encontrava cheio de carne. Segundo o velho a carne havia chegado de manhã bem cedo com o barco. Logo chegariam seus clientes e a mercadoria acabaria rapidamente. Por isso o velho Gumz preferia sua famosa carne moída. Ele nunca mencionou de onde ela vinha. A única coisa que sabia era que vendia muito bem.

De noite, ao sair do pub, ouvi mais gritos. Desta vez a voz não era de uma mulher. Segui pela rua, curioso, andando sempre pelo nevoeiro londrino, que era onde eu me sentia mais seguro. Foi então que vi um sujeito gordo com um punhal sangrento em uma mão e com a outra arrastava o homem morto. Fiquei calado e imóvel. Era normal encontrar corpos na rua. Geralmente eram bêbados que brigavam até um morrer ou corpos deixados por uma pessoa como eu. Esperei o homem sair dali e então fui embora. Não parava de pensar em Sofia, mas esta noite não a encontrei. Passei a noite com mais um cadáver.

No dia seguinte havia mais carne no açougue e achei estranho. Perguntei ao velho o porquê de tanta carne, ele respondeu:

- Para não faltar mais tarde, é uma carne difícil de se encontrar.

Fiquei quieto e voltei a trabalhar. Achei o velho Gumz muito estranho, mais estranho que ele já era. Pensei vagamente em segui-lo depois que fechasse o açougue. E mais tarde, quando saísse do pub, eu iria atrás, o seguiria como se fosse sua sombra.

Já passava da meia noite quando ele levantou de seu banco, pegou seu casaco e seu chapéu e saiu cambaleando pela porta. Como havia planejado aquela tarde, segui-o, tomando cuidado para não ser visto. Ele andava no meio da rua, iluminado pelas luzes dos postes e eu sempre pela sombra. Foi então que ele parou em frente a um bêbado que estava jogado pelo chão, sacou seu punhal e o atacou no pescoço. Não acreditei no que vi. Um velho bêbado fedido e agora assassino.

Eu o segui até uma casinha que ficava a três ruas da taverna. Ele parou, abriu o portão e então levou o corpo para dentro. Esperei um pouco, não sabia se minha curiosidade falaria mais alto que meu medo.

A curiosidade falou mais alto. Subi em uma árvore, de onde dava para enxergar por uma grande janela um pedaço da casa. Olhando pela janela dava para ver uma estranha máquina, muito parecida com um moedor, só que muito grande. Foi quando o velho colocou o corpo na máquina e girou a sua enorme manivela, saindo uma carne muito familiar pela outra ponta. Por mais que fosse estranho, não senti nojo da carne. Após um tempo, o velho saiu novamente da casa. Parece que foi procurar mais carne fresca.

Foi então que pensei em meu irmão Albert e saí correndo até a taverna. Chegando lá, perguntei a todos se o tinham visto. Os que ainda se encontravam conscientes responderam que Albert saiu há pouco tempo daqui.

Corri pela rua em direção de casa. Ao chegar no cemitério me deparei com uma figura belíssima. Uma garota deitada e abraçada em uma lápide. Estava nua e tinha uma aparência pálida, parecia desacordada. Fiquei um certo tempo apreciando sua beleza e, com o toque da lua, a noite se tornava ainda mais bela.

Por um momento esqueci o que havia ocorrido antes. Era um coisa tão encantadora! Então resolvi me aproximar. Logo percebi que era Sofia, deitei-me ao seu lado e em pouco tempo estava em cima de seu corpo. Foi quando percebi que ela não respirava mais. Isso não mudava o que eu sentia. Tornava-se até mais belo. Então que senti uma forte batida em minhas costas. Era o velho e Sofia era sua próxima vitima. Levantei-me e defendi seu corpo como se fosse o meu, peguei a primeira coisa que vi no chão e fui para cima do velho. Foi quando ele percebeu quem eu era e falou:

- Não queria o fazer, mas agora que você sabe não tenho outra escolha.

No fim da luta ele estava caído no chão e eu, exausto. Levei Sofia para meu quarto e a coloquei em minha cama, a luz do luar que entrava pela minha janela e se espalhava pelo meu quarto me fez sentir algo muito forte, um grande sentimento.

Olhando Sofia tão bela deitada em minha cama, aquele sentimento se fortalecia. Foi a melhor noite de minha vida. De manhã, senti-me angustiado, bebi do veneno, deitei-me novamente, abracei Sofia e pensei que logo estaria com ela.

Por: Paulo Rodrigo

Carne nova...

Queria comunicar ao pessoal que visita o blog que agora teremos a participação de um grande amigo meu, nas postagens do Colheita. Ele assim como eu, escreve contos e também pretende postar álbuns que acha terem a cara do blog (e a cara dele mesmo). Esse é um amigo muito das antigas, conheço há 13 anos, portanto tenho conhecimento sobre seu gosto musical e também sobre seu recente envolvimento com a literatura. Apresento para vocês meu grande e gentilmente arrogante, irmão.